Qualquer pessoa no mundo produz algum
tipo de resíduo. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma), o planeta gera 30 bilhões de toneladas de resíduos sólidos
por ano.
Você já se deu conta da quantidade de
resíduo que produz em casa diariamente? Ao largar a sacolinha na lixeira na
frente de casa, você sabe como ocorre o descarte? Como contribuir para
facilitar esse o processo de coleta?
A vida útil de um resíduo vai muito além
da geração residencial, empresarial ou industrial.
Neste texto vamos dialogar sobre esses
assuntos e os desdobramentos dos processos de separação e recolhimento de
resíduos.
Por
que descartar de forma seletiva resíduos sólidos?
O processo industrial de reciclagem de
uma lata de alumínio, por exemplo, é diferente da reciclagem de uma caixa de
papelão. Desta maneira, aspectos funcionais e de organização precisam ser
levados em conta na hora de planejar a coleta dos resíduos. Esse procedimento
de separação dos resíduos se dá em dois estágios: pelo gerador e pelo coletor.
O primeiro passo é a separação do lixo
doméstico, comercial, industrial ou da área da saúde. Por exemplo, em casa o
lixo orgânico deve ser separado do seco. Já para resíduos hospitalares, cada
classe deve ser descartada em embalagens próprias, em função da contaminação.
Para os especialistas, a gestão dos
resíduos e o descarte correto de materiais se torna cada dia mais
imprescindível para que o mundo caminhe para um desenvolvimento sustentável.
Separar
para reutilizar
Na medida que vários tipos de resíduos
começam a acumular e se misturar, sua reciclagem se torna mais cara ou mesmo
inviável, pela dificuldade de separá-los de acordo com sua composição. O diretor do Centro Internacional de
Tecnologia Ambiental (IETC) e integrante do Pnuma, Matthew Gubb, acredita que
se a coleta de resíduos for tratada de forma correta, a gestão desse processo
tem potencial para transformar problemas em soluções, além de incentivar o desenvolvimento
sustentável através da recuperação e reutilização dos recursos.
Mas
o que é reciclável?
São considerados recicláveis aqueles
resíduos sólidos cuja matéria-prima é capaz de ser reutilizada para gerar um
novo produto igual ou diferente.
Ex: Folhas e aparas de papel, jornais,
revistas, caixas, papelão, PET, recipientes de limpeza, latas de cerveja e
refrigerante, canos, esquadrias, arame, todos os produtos eletroeletrônicos e
seus componentes, embalagens em geral e outros.
Lixo Seco e Lixo Orgânico
Deve-se separar em dois recipientes
distintos os restos de comida das embalagens de produtos, como papel, plástico,
vidros, alumínio, etc.
Como
resolver a rastreabilidade da coleta seletiva de resíduos?
O rastreamento da coleta dos resíduos
é uma forma estruturada e organizada de obter informações detalhadas da coleta
seletiva de todos os resíduos encaminhados à destinação final.
O controle deve conter as informações
do gerador, tipo de efluente ou resíduo, volume e informações da transportadora
que realizou a destinação. Os processos de monitoramento e rastreamento são
aliados, pois, através deles, é possível consultar todas as informações
necessárias sobre os resíduos e direcioná-los de forma correta.
O monitoramento detalhado deve sempre
ser realizado quando o processo ou matéria-prima são alterados, já que tal
mudança pode causa transformações no resíduo final. Se houver alterações
substanciais nas características, pode ser necessária até a troca do tipo de
tratamento. Sendo assim, colher informações de todos os gêneros é de suma
importância para manter a transparência na coleta evitando problemas
burocráticos ou operacionais.