Projeto ambiental une secretarias de SC e RS para a conservação da fauna e da flora

Todos contra a extinção!

Depois de quase um ano de trabalho, foi oficializada a elaboração do Plano de Ação Territorial para a conservação de espécies ameaçadas de extinção do Planalto Sul (PAT Planalto Sul). Essa oficialização contou com a publicação de duas Portarias, uma de cada estado. Dessa forma, várias espécies de um dos biomas brasileiros, com maior abrangência e mais ameaçados pela perda de habitat, estarão protegidas.

O PAT Planalto Sul está sendo elaborado e implementado em conjunto entre a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (SEMA-RS) e o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA-SC). Além disso, conta com o WWF Brasil como agência executora no âmbito do Projeto Pró-Espécies: “Todos contra a extinção”.

Na verdade, sua concepção e implementação vem sendo construída desde a criação do PAT Planalto Sul, realizada na Oficina de Elaboração de 11 a 14 de junho de 2019 em Lages (SC), foram realizadas diversas ações de implementação em conjunto com os articuladores e o Grupo de Assessoramento Técnico (GAT).

O GAT é representado por diversas instituições como o Instituto Curicaca, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP); Centro Vianei, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA) e órgãos ambientais, Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de São Francisco de Paula, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina (SDE-SC), IMA-SC e SEMA-RS.

Já no mês de abril, a coordenação do PAT Planalto Sul elaborou uma proposta de diretrizes e objetivos para o Plano de Comunicação e o Plano de Sustentabilidade Financeira mediante uma metodologia que avalia fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças em relação às articulações das ações do PAT. A proposta foi submetida à análise do GAT.

Por fim, no dia 25 de maio, foi realizada a reunião de alinhamento com articuladores de ações de implementação do PAT para organizar as expedições de campo. Entre os destaques abordados está o cronograma para realização de expedições de campo no cenário pós pandemia de COVID-19 e a elaboração de protocolos para o levantamento de informações para os distintos grupos de pesquisadores.

No final de julho, culminou a publicação das duas portarias que oficializam a responsabilidade conjunta e o fortalecimento da parceria entre os estados: a Portaria n° 260/2019 do IMA-SC publicada em 10 de dezembro de 2019 e a Portaria n° 114/2020 da SEMA-RS publicada em 22 de julho de 2020.

O Plano tem como objetivo conservar a biodiversidade do Território Planalto Sul considerando aspectos biológicos, sociais, culturais e econômicos, com ênfase nas espécies Criticamente em Perigo (CR) de extinção.

Das 22 espécies contempladas no PAT Planalto Sul, 17 são da flora. Entre elas estão: Eugenia rotundicosta (árvore), Petunia saxicola (erva), Hysterionica pinnatisecta (subarbusto) e Merostachys caucasiana (bambu). A fauna está representada em um número menor, com 5 espécies ameaçadas: Aegla brevipalma (crustáceo), Cycloramphus valae (rã), Phyllocaulis renschi (lesma), Pulsatrix perspicillata pulsatrix (coruja) e Trichomyclerus tropeiro (peixe). No total, são 41 ações distribuídas em seis objetivos específicos: 

– promover a proteção e/ou recuperação dos ambientes de ocorrência conhecida e potencial das espécies focais; 

– mitigar os riscos das espécies exóticas invasoras sobre as espécies focais e seus ecossistemas; 

– contribuir com a redução da conversão de áreas nativas de ocorrência das espécies focais; 

– reduzir as fontes de alterações físicas, químicas e biológicas prejudiciais aos ambientes de ocorrência das espécies focais; 

– ampliar e difundir o conhecimento sobre espécies e ambientes; 

– e fortalecer as cadeias produtivas sustentáveis que conservem e restaurem a vegetação nativa.

Através das uniões entre as instituições, a diferença pode acontecer. É dessa forma que a meuResíduo trabalha, ajudando as organizações a gerenciar os seus resíduos, otimizando processos, implantando transparência e rastreabilidade, entre muitas outras ferramentas.  

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