Muito se fala sobre as problemáticas do planeta Terra. Uma das principais, sem dúvidas, é a poluição e o descarte excessivo de lixo no meio ambiente, mas a boa notícia é que existem algumas formas de reverter essa situação, como a implantação da Economia Circular – conceito que associa desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais e reaproveitamento do lixo, através de novos modelos de negócios e da otimização nos processos de fabricação com menor dependência de matéria-prima virgem, priorizando insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis.
Para entender mais sobre, a National Geographic reuniu as principais dúvidas sobre o tema. Confira:
Economia circular e reciclagem são a mesma coisa?
Não, mas elas estão relacionadas. A reciclagem faz parte do ciclo da economia circular, mas ela não é tudo. Na economia circular todo o caminho da matéria-prima é pensado, desde o design até o que será feito após o fim da vida útil – nessa fase, por exemplo, entra o processo de reciclagem. Os materiais são todos desenhados para tornar os bens de consumo sustentáveis e fazê-los voltar ao início do ciclo quando não forem mais úteis, ao invés de serem descartados.
A economia circular é mais sustentável que a linear?
Sim. Enquanto a economia linear – modelo aplicado na maior parte do mundo – não planeja o caminho do produto, a circular preza pela reutilização destes e pelo consumo consciente, estendendo a vida dos materiais. Na economia linear, a matéria prima, muitas vezes, acaba descartada após o fim de sua vida útil e boa parte desse lixo acaba nos mares e em outros ecossistemas. Já na circular todos os resíduos são vistos como “recursos em potencial”, que devem necessariamente ser reaproveitados no próximo ciclo produtivo – ou então se tornar matéria orgânica no solo.
Como implementar esse conceito?
Hoje, algumas empresas e organizações até apostam em linhas de produção que valorizam a sustentabilidade e a reutilização, mas são poucas. Para que esse conceito se torne realidade, é necessária uma mudança global de valores, de acordo com especialistas.
Em entrevista à National Geographic, Edson Grandisoli, pesquisador do programa Cidades Globais, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), ressalta que o pensamento contemporâneo sobre o coletivo precisa ser posto de lado para que as alternativas circulares sejam, de fato, implementadas.
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