Impactos do Coronavírus: encontrado em todas as estações de tratamento de esgoto em Porto Alegre

Aumento da concentração do Sars-CoV-2 em amostras também ocorreu em municípios da Região Metropolitana e Vale do Sinos

Foto: Divulgação Feevale

O Centro Estadual de Vigilância Ambiental, através de seu boletim de monitoramento ambiental, aponta para o crescimento na concentração do Sars-CoV-2 em arroios e Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) de Porto Alegre, Região Metropolitana e Vale do Sinos. Essa publicação foi divulgada na quinta-feira, dia 10 de setembro. 

A visualização do crescimento das amostras positivas fica claro, principalmente em Porto Alegre, através da divulgação dos boletins:

– 10/06 a 16/05: 12/5%

– 01/06 a 06/06: 42,9%

– 28/06 a 30/06: 83,3%

– 05/07 a 11/07: 40,0%

– 15/07 a 01/08: 100,0%

O levantamento ainda aponta que a partir do mês de julho, todas as estações de tratamento de esgoto passaram a registrar a presença do vírus – a última foi a Estação Serraria, na zona sul, que vinha até então com resultados negativos.

Para os pesquisadores, o resultado é reflexo do avanço da pandemia e o aumento no número de casos nessas localidades.

O monitoramento destaca ainda que a maior carga viral foi detectada em Novo Hamburgo. O resultado foi observado na estação de tratamento de esgoto Mundo Novo e no Arroio Pampa/Rio dos Sinos.

Nesta etapa do monitoramento, também foram recolhidas amostras de água das ETEs da Corsan nas cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas e Gravataí, com resultados positivos em todos os municípios.

Situação dos arroios

Para a vigilância ambiental, essa constatação é um indicativo de que existe uma quantidade significativa de esgoto cloacal que chega nestes locais e aponta para a falta de saneamento e redes de tratamento de esgoto. Assim, a contaminação pode ocorrer por outros micro-organismos e parasitas.

Mas as autoridades sanitárias não trabalham com a possibilidade de que exista algum indício de contaminação pelo vírus através da água. No entanto, há preocupação, pela elevada concentração do Sars-CoV-2 nos arroios, ultrapassando, em certos locais, a de algumas estações de tratamento.

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Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/

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