Emissões de GEEs caem 8,3% na União Europeia em 2023, impulsionadas por energias renováveis

As emissões de gases de efeito estufa na União Europeia (UE) registraram uma queda de 8,3% em 2023, comparado ao ano anterior, marcando a maior redução em décadas.

Segundo a Agência Europeia do Meio Ambiente (AEA), com sede em Copenhague, essa diminuição expressiva foi possibilitada pela expansão das energias renováveis e pela diminuição no uso de carvão, além de uma redução geral no consumo energético em toda a Europa.

Energias renováveis

A AEA destacou que a participação de energias renováveis no consumo de energia da UE aumentou significativamente ao longo dos últimos anos, passando de 10,2% em 2005 para 24% em 2023.

Esse crescimento impulsionou a queda das emissões, especialmente nos setores de aquecimento e produção elétrica, que registraram uma redução de 24% em comparação a 2022.

As energias eólica e solar desempenharam papéis cruciais, consolidando as fontes renováveis como a principal forma de geração elétrica no bloco europeu.

Em 2023, elas representaram 44,7% da matriz energética da UE, superando combustíveis fósseis, com 32,5%, e energia nuclear, com 22,8%.

A Comissão Europeia, órgão executivo da UE, celebrou o avanço rumo à meta de reduzir as emissões em pelo menos 55% até 2030, conforme declarado em nota oficial. Contudo, enquanto a maioria dos setores avançou em direção à sustentabilidade, o setor de aviação seguiu em tendência oposta, com um aumento de 9,5% nas emissões em 2023, resultado da retomada das atividades pós-pandemia.

Meta carbono neutro

A UE mantém a ambição de alcançar a neutralidade de carbono até 2050 e planeja definir um objetivo intermediário para 2040.

A proposta inclui uma possível redução de 90% nas emissões em relação aos níveis de 1990. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deverá iniciar as negociações com os países-membros sobre o tema, enquanto partidos de direita no Parlamento Europeu expressam preocupações com o nível de ambição do plano, que consideram “extremamente ambicioso”.

Com esses resultados, a União Europeia reforça sua posição de liderança global no combate às mudanças climáticas, enfrentando, porém, desafios para garantir o apoio unânime ao seu plano de longo prazo para uma economia mais sustentável.

Fonte: Folha de São Paulo

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