São Paulo, que já havia banido os canudos, agora inclui outros utensílios plásticos entre os itens cujo fornecimento está proibido.
Depois dos canudos, agora os copos, talheres e outros utensílios de plástico descartável, como hastes para bexigas e pazinhas de café, têm o seu fornecimento banido no município de São Paulo.
Esta lei foi sancionada pelo prefeito Bruno Covas nesta segunda-feira (13/01), o Projeto de Lei 99/2019 vale para bares, restaurantes, hotéis e padarias da capital, além do fornecimento por food trucks e serviços de envio por aplicativo.
Os utensílios também estão proibidos em eventos culturais, festas infantis, clubes noturnos e salões de dança. No lugar, devem ser oferecidas opções biodegradáveis, compostáveis ou reutilizáveis. Por exemplo, no caso do café, a colher de metal ou, no caso de festas infantis, o uso de pratos de papel. Os estabelecimentos têm 1 ano para se adaptarem e trocar o estoque.
PL dos canudos plásticos
Em primeiro lugar, a PL dos canudos plásticos foi a primeira experiência para tratar dos descartáveis. Depois disso com sucessivas audiências públicas e conversas com a indústrias e outras partes, todos ajudaram na formulação e na aprovação dessa nova lei.
Como uma capital gastronômica e uma das maiores cidades da América do Sul, o resíduo de uso único gerado em São Paulo é compatível com a sua grandeza. Pelo menos 16% do resíduo que vai para os aterros são plásticos e pelo menos metade dessa porcentagem é de plástico de uso único.
Por isso, a lei vem para melhorar esses indicadores e diminuir o impacto ambiental, pois a cidade de São Paulo está em uma corrida contra o relógio para reduzir o número de lixo, com aterros prestes a atingirem a capacidade máxima em 6 ou 7 anos. E o impacto da redução desse tipo de plásticos descartáveis será enorme – basta imaginar os materiais de entrega de comida por aplicativos ou o volume de resíduos produzidos em padarias e bares.
Combater a poluição plástica é hoje uma soma de ações: reciclagem, economia circular e, principalmente, redução do consumo. No Brasil, apenas 2% do plástico é reciclado, de acordo com estudo do WWF baseado em dados do Banco Mundial – bem abaixo da média global, que é de 9%. A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), contudo, considera que a média brasileira é de 25,8%.
Acima de tudo o fato é que a reciclagem do plástico é um grande desafio global, ou não estaríamos com os oceanos recebendo mais de 8 milhões de toneladas de lixo plástico por ano. Sem contar o volume incalculável de microplástico espalhado em todos os ambientes do planeta, inclusive nos plânctons e larvas de peixes.
POSTS RELACIONADOS: