O que é melhor: pinheiro natalino natural ou árvore de Natal artificial?
Observando essa pergunta, é lógico que o artificial seria a escolha menos sustentável. Existem cálculos que apontam que, para compensar o impacto de uma árvore de Natal artificial, ela teria que ser utilizada por 20 anos. A produção e o transporte geram uma pegada de carbono significativamente maior. Se você pretende utilizar essa árvore por muitos anos e, ao final de sua vida útil, descartá-la corretamente, pode minimizar muito o impacto ambiental.
Mas será que a natural é mais sustentável mesmo?
Vamos começar pela tradição. Os pinheiros são usados como árvores de Natal há séculos. Acredita-se que a tradição tenha começado na Alemanha durante o século XVI, quando as famílias começaram a trazer árvores para dentro de casa e decorá-las.
Existem alguns tipos de pinheiros mais procurados, como por exemplo:
- Pinheiro Norueguês (Picea abies): É uma das espécies mais tradicionais e comuns.
- Pinheiro Escocês (Pinus sylvestris): Conhecido por sua durabilidade e folhas curtas.
- Pinheiro de Douglas (Pseudotsuga menziesii): Tem uma fragrância agradável e é bastante denso.
- Abeto Nordmann (Abies nordmanniana): Popular na Europa, é conhecido por suas agulhas que não caem facilmente.
Dentro de casa, também devemos ter alguns cuidados, como por exemplo:
- Regar regularmente: Mantenha a base da árvore sempre submersa em água.
- Posicionar longe de fontes de calor: Coloque a árvore longe de lareiras e aquecedores para evitar que seque rapidamente (no caso do hemisfério norte).
- Usar luzes LED: Essas luzes emitem menos calor, ajudando a preservar a árvore por mais tempo.
Mas qual é o tamanho desse mercado?
Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 25 a 30 milhões de árvores de Natal naturais são vendidas a cada ano. Na Europa, França e Reino Unido também têm grandes mercados de árvores naturais, com milhões de vendas anuais.
Na Alemanha também são comercializadas cerca de 30 milhões de árvores. Além disso, é muito fácil adquirir uma, pois há aos montes no supermercado.
No Brasil, a tradição de usar árvores naturais é menos comum comparada a outros países, mas ainda há quem prefira um pinheiro natural.
O impacto dessa escolha!
O problema vem depois das festas de final de ano. Quase todos esses pinheiros vão parar na coleta de lixo, e é aí que muitos críticos se questionam se ainda vale a pena manter essa tradição. Além disso, essas árvores geralmente são cultivadas exclusivamente para a venda no Natal, e existem outros problemas socioambientais que não são observados pelos compradores: os agrotóxicos usados e as condições de trabalho das pessoas nessas plantações. Por isso, esses dados devem ser considerados.
Além disso, quando uma árvore morre, o carbono que ela capturou durante sua vida é gradualmente liberado de volta para o ambiente. Esse processo ocorre de várias maneiras:
- Decomposição Natural: Quando uma árvore é descartada no chão, fungos, bactérias e outros organismos quebram a madeira. Durante esse processo, o carbono é liberado na forma de dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), dependendo das condições ambientais.
- Queima: Se uma árvore morta é queimada, a maior parte do carbono é rapidamente convertida em CO2 e liberada na atmosfera.
- Outras utilizações: Quando a madeira de uma árvore é usada para produtos como móveis, construções ou papel, o carbono permanece armazenado por mais tempo. No entanto, eventualmente, esses produtos também se deterioram ou são descartados, liberando o carbono.
Embora o carbono seja liberado de volta ao ambiente, a plantação de novas árvores pode ajudar a balancear esse ciclo, já que as novas árvores capturam carbono da atmosfera enquanto crescem. Então, esse ciclo pode ser equilibrado ambientalmente.
Por fim, pensando em um Natal mais sustentável, algumas alternativas podem ser consideradas: é possível, por exemplo, comprar pinheiros orgânicos ou simplesmente alugar um plantado em vaso. Além disso, verificar se a empresa que vendeu possui logística reversa para fazer compostagem e reutilizar como adubo ou como mulch (um tipo de cobertura morta, formada por uma camada espessa que libera nutrientes para o solo conforme se decompõe) ou ainda como fonte de energia. Alguns pinheiros entram no cardápio dos zoológicos dos países europeus depois das festas de fim de ano, mas a demanda não é muito alta.
De todo modo, muitos ambientalistas garantem: mesmo assim, o pinheiro de verdade tende a ser mais sustentável que um de plástico, salvo, é claro, se você tiver a percepção de utilizar seu pinheiro artificial por mais de 20 anos.