A Política Nacional de Resíduo Sólidos (PNRS) define a logística reversa como um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Pela lei, são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Isso significa que a PNRS obriga as empresas a aceitarem o retorno de seus produtos descartados, além de se responsabilizarem também pelo destino desses resíduos.
Para auxiliar na logística reversa, as empresas podem ter projetos próprios, como pontos de entrega voluntária, programas de recolhimento de resíduos em lojas próprias, programas de conscientização ambiental para consumidores, projetos de apoio com cooperativas de reciclagem ou até mesmo inovarem seu modelo de negócio.
Como forma de inovação, existem empresas que estão parando de vender produtos e começam a vender serviços e assim tem todo o interesse de fazer uma logística reversa eficiente. Também existem empresas que investem para encontrar maneiras de reaproveitar os resíduos dos seus consumidores em seu próprio processo produtivo, criando uma cultura de economia circular.
No setor produtivo, a logística reversa pode ser considerada como uma forma de obter matéria-prima a custos reduzidos, podendo elevar a valorização do produto por meio da sua recuperação, diminuição dos custos com destinação de resíduos sólidos e oportunidade para ter acesso à novos mercados.
Juntamente com a conscientização da população, através da educação ambiental, a logística reversa ajuda a reduzir os impactos ambientais causados pela má gestão dos resíduos sólidos. Sendo assim, as empresas que contam com um eficiente sistema de logística podem obter uma significativa vantagem competitiva sustentável em relação às que não possuem, inclusive reduzindo os custos e melhorando sua relação com o consumidor.